Investimento estrangeiro diminui na Bovespa em março

O balanço do investimento estrangeiro na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) mostrou saldo negativo nos 20 primeiros dias de março, período em que mercados do mundo todo sofreram turbulências, no lastro da queda de 8,9% na Bolsa de Valores de Xangai, no final de fevereiro.

Segundo o balanço divulgado nesta sexta-feira (23) pela Bovespa, a diferença entre o número de ações vendidas e compradas por investidores estrangeiros foi de R$ 455 milhões. Até o dia 20 de março, foram feitas vendas no valor de R$ 16,915 bilhões e compras de R$ 16 460 bilhões. No acumulado do ano, o saldo de investimento estrangeiro está negativo em R$ 1,076 bilhão.

De acordo com o presidente da Bovespa, Raymundo Maglaino Filho, o balanço não demonstra falta de interesse dos investidores de outros países no mercado brasileiro. "É difícil avaliar o comportamento dos investidores globais, que, em determinados momentos, preferem investir mais num país que em outro." Para Magliano, a diminuição dos interesses dos acionistas estrangeiros pode estar ligada a um momento de cautela de todo o mercado mundial.

Na avaliação do presidente, outro motivo que explica o saldo negativo é que as subscrições de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) não estão incluídas no balanço. "Os estrangeiros são responsáveis por 60% a 70% das subscrições das IPOs." Desde o início deste ano, ao menos sete empresas lançaram suas ações na Bovespa.

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