Internacional aceita possível escalação de Oliveira

A diretoria do Internacional afirma que não há nada preparado no campo jurídico para o caso de Ricardo Oliveira entrar em campo amanhã. "Se ele jogar, é porque tem o aval da CBF e da Conmebol. Não temos que nos preocupar com isso, temos que nos preocupar com o Ricardo Oliveira dentro de campo, já que é um grande jogador", disse o diretor executivo do Inter, Newton Drummond. "Não acredito que a gente esteja sendo prejudicado", emendou.

O dirigente lembrou ainda que o problema no caso Ricardo Oliveira se deveu à mudança de datas da Conmebol e nada tinha a ver com o São Paulo. O próprio Inter quase enfrentou um problema semelhante, com Jorge Wagner, que havia sido emprestado pelo CSKA, da Rússia. A diretoria gaúcha, porém, conseguiu a prorrogação do contrato do jogador até dezembro. "Felizmente, não tínhamos nenhum jogador nessa condição do Ricardo (com contrato para acabar)", disse Drummond.

O discurso do diretor executivo do Inter foi bem mais leve do que o adotado pelo presidente do clube, Fernando Carvalho, na semana passada. Ciente do receio dos dirigentes do Betis em prorrogar o empréstimo do atacante, Carvalho botou lenha na fogueira, aumentando a preocupação dos espanhóis. "A meu ver, se o Ricardo Oliveira jogar, quem poderá ser punido pela Fifa é o Betis, não o São Paulo", disse o dirigente, quarta-feira passada. A pressão deu resultado. No dia seguinte, o clube espanhol emitiu um comunicado, afirmando que a prorrogação do empréstimo "não era possível".

Em entrevista coletiva realizada hoje em um hotel de Porto Alegre, o presidente da Conmebol, Nicolas Léoz, admitiu que ajudou diretamente no caso Ricardo Oliveira. "Entramos em contato com a Federação Espanhola, explicando o problema da mudança de datas". Segundo Léoz, os jogos foram postergados "a pedido da televisão.

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