Informática, bens de capital e comunicações lideram inovação

Os segmentos da indústria que apresentaram maior taxa de inovação tecnológica são exatamente aqueles caracterizados ?pelo rápido avanço nos conhecimentos técnico-científicos incorporados?, como informática, bens de capital e comunicações. Segundo a pesquisa divulgada hoje (30) pelo IBGE, a taxa mais elevada foi registrada na fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática (68,5% das empresas desse segmento).

A seguir, vieram os segmentos de material eletrônico básico (62,9%); aparelhos e equipamentos de comunicações (62 1%); equipamentos de instrumentação médico-hospitalar e instrumentos de precisão (59,1%); e fabricação de produtos farmacêuticos (46,8%).

Alguns setores tradicionais também apresentaram taxas bastante elevadas, como é o caso da indústria de celulose (51 8%) e de refino de petróleo (39,4%). Por outro lado, as menores taxas de inovação foram encontradas em indústrias intensivas em recursos naturais e mão-de-obra, como fabricação de produtos alimentícios (29,2%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (26,2%) e indústrias extrativas (17,2%).

Espanha – O processo de inovação tecnológica das indústrias brasileiras foi similar ao ocorrido na Espanha entre 1998 e 2000, revelou a pesquisa do IBGE. Enquanto o porcentual dos gastos com inovação da receita total das indústrias do Brasil totalizou 3,84% em 2000, na Espanha a participação foi menor, de 1,86%.

A gerente de Análise e Metodologia do IBGE, Wasmália Bivar, disse que a Espanha foi o país escolhido para comparação porque somente dois países da União Européia já divulgaram estatísticas sobre o assunto, sendo o outro a Inglaterra, cuja abrangência foi além das indústrias e, por isso, o confronto é impossível. No caso da Espanha, segundo ela, a estrutura produtiva, assim como a pesquisa, é similar à brasileira.

De acordo com o instituto, a fatia do faturamento voltada para pesquisa e desenvolvimento no período das empresas que apresentaram inovação tecnológica na Espanha foi de 0,57%, enquanto no Brasil atingiu 0,64%.

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