Índice registra menor inflação desde junho de 2003

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que mede a prévia da
inflação mensal, ficou em 0,12% em junho, configurando um forte recuo em relação
a maio, quando a taxa ficou em 0,83%, conforme divulgou o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (23). A taxa é a mais baixa
desde julho de 2003 e, no ano, o índice acumula 3,51%. Nos últimos 12 meses, o
acumulado é de 7,72%.

De acordo com o IBGE, a maioria dos itens
pesquisados colaborou para a redução da taxa. O álcool combustível foi
responsável pelo principal impacto individual negativo no mês. O litro do álcool
ficou, em média, 9,51% mais barato. O preço chegou a cair 17,78% em
Curitiba.

Os preços dos alimentos também tiveram redução significante no
período pesquisado, sendo que as principais quedas foram do açúcar cristal
(-5,10%), hortaliças (-5,00%), frutas (-4,34%), açúcar refinado (-4,07%), óleo
de soja (-3,72%) e arroz (-3,66%).

No caso dos remédios, após a alta de
4,16% em maio, os preços em junho subiram apenas 0,16%. O mesmo aconteceu com os
artigos de vestuário (de 1,56% para 0,71%), limpeza (de 0,80% para 0,33%) e
eletrodomésticos (de 1,72% para 0,98%).

Entre as regiões, a maior taxa
foi registrada em Salvador (0,71%). Curitiba (-0,38%) e Goiânia (-0,14%) tiveram
deflação.

O IPCA-15 segue a mesma metodologia do IPCA, ou seja, refere-se
às famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos mensais e abrange as
regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife,
São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A
diferença entre os dois índices é que o primeiro inicia a pesquisa no dia 15 de
mês anterior ao dia 15 do mês atual. Já o IPCA inicia pesquisa no dia primeiro
dia do mês.

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