Índice de referência, IPCA aponta inflação trimestral inferior à de 2006

Rio de Janeiro – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado pelo Banco Central como referência para a inflação oficial do país, variou 0,37% em março, depois da alta de 0,44% registrada nos meses de janeiro e fevereiro deste ano. De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o resultado de março, o índice acumula no primeiro trimestre de 2007 alta de 1,26%, inferior porém do acumulado no primeiro trimestre de 2006, quando a taxa foi de 1,44%.

Nos últimos 12 meses o IPCA acumula alta de 2,96%, também abaixo dos 3,02% acumulados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Na avaliação da coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, o comportamento do IPCA verificado no primeiro trimestre do ano mostra que "não há pressões fortes que venham a desestabilizar a taxa de inflação". Segundo ela, os aumentos de preços verificados em alguns itens são pontuais.

"Se olharmos o resultado dos últimos 12 meses, vamos ver que a taxa tende a decrescer, já que os reajustes observados foram provocados por alguma circunstância, como o caso dos alimentos, que subiram de preço devido às fortes chuvas de janeiro e fevereiro", acrescentou Santos, lembrando que os produtos vinculados a contratos, como aluguéis, estão sendo reajustados abaixo da inflação ou até mesmo não têm tido aumentos.

Em março, o IPCA foi pressionado principalmente pela alta dos alimentos, que passaram de 0,78% em fevereiro para 0,98%. Somente o tomate subiu 0,93%. "Essa cultura é muito sensível e sofreu muito com as chuvas dos dois primeiros meses do ano, que inundaram pólos produtores em São Paulo e no sul do país", explicou a coordenadora.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Curitiba, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro, além de Brasília e Goiânia.

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