Incubadora de empresas é uma idéia que deu certo. Prova disso são as baixas taxas de mortalidade (apenas 7% em 2004, ante cerca de 60% registrado pelas empresas tradicionais nos primeiros quatro anos, de acordo com o Sebrae).
Um exemplo disso é a Insomnia, empresa em gestação na incubadora do Tecpar (Intec) desde 2003, que está se preparando para lançar seu produto inovador, o rollerboard, no fim do ano (trata-se de um skate com rodinhas de patins do tipo roller). Antes de entrar para a incubadora, os dois sócios perderam R$ 15 mil com um lote inteiro com defeito.
?Não tínhamos prática de administração, que aprendemos aqui?, analisa o designer de produto Bernardo Piaceski. ?Recomendo a incubação para qualquer empresa nascente?, diz. ?Confere muita credibilidade junto a fornecedores e clientes.?
Isso porque a maioria das incubadoras estão ligadas a instituiões de ensino e pesquisa conhecidos. Para o presidente da Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), José Eduardo Fiates, tanto a relação de conhecimento e produção, quanto a proximidade física com universidades são explicadas na origem do setor: ?O movimento de incubadoras no Brasil nasceu a partir da visão de universidades empreendedoras e inovadoras e tem se consolidado dessa forma?, explica.
Sobre as incubadoras
Uma incubadora funciona como um instrumento de apoio ao surgimento e fortalecimento de novas empresas. É um ambiente planejado para acolher micro e pequenas empresas inovadoras que estão começando a surgir. Funcionam em um espaço físico limitado, dividido em módulos. As empresas em gestão nas incubadoras são classificadas como incubadas ou residentes. Elas têm, em média, 3 anos para deixar o ambiente comum e partir para competião de mercado. A partir de então são classificadas como graduadas.
Existem três tipos de incubadoras no Brasil: as que abrigam preferencialmente empresas de base tecnológica, as de empresas de setores tradicionais e as mistas, que reúne os dois tipos anteriores.