Incidência de aids entre jovens e usuários de drogas cai

Brasília – Os adultos jovens, com idade entre 13 e 19 anos, as crianças e os usuários de drogas estão vencendo a luta contra a aids. Entretanto, entre as mulheres e os negros, a incidência da doença vem crescendo no Brasil. Os dados constam do boletim epidemiológico Aids e Doenças Sexualmente Transmissíveis, do Ministério da Saúde, que foi apresentado hoje (30) em Brasília.

O crescimento da contaminação entre as mulheres e negros preocupa o governo. Segundo o ministro da Saúde, Saraiva Felipe, que participou da apresentação do relatório, o governo inicia amanhã (1), Dia Mundial de Luta contra a Aids, uma campanha de conscientização, tendo como tema o racismo.

"Este ano, destinamos um olhar especial, porque verificamos que, entre a população que se auto-denomina parda ou negra, o que temos é um aumento de casos de aids. Resolvemos, junto com as ONGs [organizações não-governamentais], órgãos do governo e celebridades, como a cantora Daniela Mercury, dar um enfoque à questão da veiculação de racismo, pobreza e o aumento de caso de aids nessas populações", informou o ministro.

De acordo com o Ministério da Saúde, a redução do número de casos de aids entre os adultos jovens e os usuários drogas é conseqüência do maior uso do preservativo. Já entre as crianças, a queda se deve às ações de prevenção e controle da transmissão de mãe para filho, a chamada transmissão vertical.

Num panorama regional, a aids tem avançado em todo o país, segundo o boletim do Ministério da Saúde, com exceção da Região Sudeste, que apresenta queda de 15,6% na taxa de incidência entre 1998 e 2004. Por outro lado, no mesmo período, a Região Norte registrou crescimento de 94,7% no número de casos da doença.

O ministro Saraiva Felipe disse que dará prioridade ao combate à doença na Região Norte, com ações conjuntas dos ministérios da Saúde e da Defesa. "Precisamos trabalhar mais para termos um número menor de casos de aids no país", afirmou o ministro.

Os dados apresentados pelo Ministério da Saúde foram recebidos pelo setor de produção do Datasus. Os números são das secretarias estaduais de Saúde e foram coletados entre 2004 e junho deste ano.

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