“Incertezas” justificam decisão do Banco Central de baixar juros para 13%

Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central justificou a decisão de reduzir a taxa Selic de 13,25% para 13% ao ano, nesta quarta-feira (24), como um reflexo "das incertezas associadas ao mecanismo de transmissão da política monetária, e considerando que os efeitos das reduções de juros desde setembro de 2005 ainda não se refletiram integralmente na economia, o Copom avalia que a decisão contribuirá para aumentar a magnitude do ajuste a ser implementado".

Na reunião anterior, em dezembro, o Copom havia reduzido a Selic em 0,50 ponto percentual. Na ocasião, foram cinco votos a favor pela redução de 13,75% para 13,25% ao ano e três votos pela redução em 0,25 ponto percentual. Nesta quarta-feira, cinco votos foram favoráveis pela redução em 0,25 ponto percentual e três votos pela redução em 0,50 ponto percentual.

A Selic é usada pelo Banco Central para manter a política de controle de inflação. Quando não vê risco de alta da inflação, o Copom se sente à vontade para reduzir a taxa. Por outro lado, a alta ou a estabilização dos juros são consideradas indícios de que foi detectado risco de subida nos preços.

A taxa Selic influencia as demais taxas do país porque é a taxa utilizada em parte dos títulos da dívida pública. Se o governo paga uma taxa maior, a tendência é que os aplicadores queiram lhe emprestar o dinheiro, em vez de consumir ou investir na produção, o que é mais arriscado.

Esta é a décima terceira vez consecutiva em que o comitê reduz a taxa básica de juros. A próxima reunião está marcada para os dias 6 e 7 de março.

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