Inadimplência subiu 13,5% em 2005

Sao Paulo – A inadimplência de pessoas físicas fechou 2005 com alta de 13,5% em comparação a 2004, de acordo com levantamento da Serasa divulgado hoje (16). Em dezembro, houve alta de 15,1% no indicador de inadimplência em relação ao mesmo mês de 2004. Na comparação com novembro, foi registrada queda de 0,7%, uma mudança de ritmo em relação a novembro, que havia registrado alta de 6% ante outubro.

De acordo com os técnicos da empresa de análise de crédito, houve maior comprometimento da renda da população com parcelas do crédito consignado (alta de 97,8% até novembro de 2005) e com financiamentos oferecidos pela rede varejista para aquisição de bens duráveis. "Esse cenário propiciou o acúmulo de compromissos que, aliado ao aumento da carga tributária também na pessoa física e aos juros ainda elevados, acabou resultando no aumento da inadimplência em 2005", afirmou a Serasa.

O indicador revelou que as dívidas com cartão de crédito e financeiras tiveram a maior participação na inadimplência de pessoa física em 2005 (34,4%), seguida por cheques sem fundos (33%), dívidas com bancos (29,9%) e títulos protestados (2,7%). Já em dezembro, os cheques sem fundos tiveram o maior peso do indicador, com participação de 33,4%, uma queda de 0,2 ponto porcentual em relação ao mesmo período de 2004 (33,6%), seguida por dívidas com cartão de crédito e financeiras (32,8%), com um aumento de 1,6 ponto na comparação com dezembro de 2004 (34,4%); dívidas com bancos (30,9%), com aumento de 1,7 ponto em relação a dezembro de 2004 (29,2%); e títulos protestados (2,8%), que permaneceram estáveis na mesma base de comparação.

O valor médio dos cheques sem fundos no ano passado foi de R$ 534,11, enquanto os títulos protestados tiveram um valor médio de R$ 756,76. Os registros de dívidas com instituições bancárias ficaram R$ 1.036,11 em média e as dívidas com cartões de crédito e financeiras, em R$ 266,41.

Em relação ao ano de 2004, houve um aumento de 14,6% no valor médio das anotações de cheques sem fundos e uma alta de 18 6% no valor das anotações de protestos. O valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras aumentou 9,9% em relação aos 12 meses de 2004, e o valor das dívidas com os bancos apresentou alta de 7,7%.

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