Inadimplência do consumidor recua 7% em setembro

A inadimplência dos consumidores diminuiu 7% no Brasil em setembro sobre o mês anterior, conforme estudo divulgado hoje pela Serasa. A nova queda, segundo a companhia de análise de crédito, foi verificada após o decréscimo de 5,1% na inadimplência de pessoa física no confronto de dados entre agosto e julho deste ano.

Na comparação entre setembro de 2006 e o mesmo mês de 2005, o levantamento mostrou que houve aumento de 3,2%. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, houve alta de 13% no indicador de inadimplência dos consumidores sobre os primeiros nove meses do ano passado.

De acordo com os técnicos da Serasa, o movimento de queda, entre agosto e setembro de 2006 refletiu o crescimento da renda disponível do consumidor, sustentado pelo aumento do salário mínimo, inflação em queda, expansão do emprego e reajustes salariais com ganho real para diversas categorias. "A menor velocidade na expansão do crédito nos últimos meses mostra que boa parte dos consumidores está priorizando o pagamento das dívidas assumidas, provavelmente com planos de voltar ao consumo no final do ano", salientaram os técnicos da companhia.

Quanto à alta da inadimplência sobre os números de 2005, a Serasa destacou que o movimento é reflexo do endividamento da população, por conta da maior oferta de crédito e do alongamento nos prazos de pagamento.

Em setembro de 2006, conforme o indicador da Serasa, as dívidas com cartões de crédito e financeiras permaneceram com o maior peso na inadimplência dos consumidores, com participação de 33 5%. Foram seguidas pelas dívidas com os bancos (32,7%), cheques sem fundos (31%) e títulos protestados, com participação de 2 9%.

O valor médio das anotações de cheques sem fundos de pessoa física, de janeiro a setembro de 2006, foi de R$ 576,26. Já o valor médio dos títulos protestados foi de R$ 788,11, enquanto os registros de dívidas com os bancos tiveram um valor médio mais expressivo, de R$ 1.113,22, e os registros de dívidas com cartões de crédito e financeiras apareceram na pesquisa com o valor menor, de R$ 313,91.

Em relação aos primeiros nove meses de 2005, houve um crescimento de 18,3% no valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras e uma alta de 7,7% no valor das dívidas com os bancos. Na mesma comparação, o valor médio das anotações de cheques sem fundos aumentou 8,8% e o dos títulos protestados subiu 6,0%.

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