Inadimplência de empresas sobe 4,2% em abril

A inadimplência das empresas no País aumentou 4,2% em abril sobre o mesmo período de 2005. Em relação a março de 2006, porém houve queda expressiva, de 22,7%, após a alta de 41,6% registrada na comparação entre o terceiro mês do ano e fevereiro. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira pela Serasa, que constatou, no primeiro quadrimestre deste ano, crescimento de 13,6% na inadimplência sobre o período compreendido de janeiro a abril do ano anterior.

De acordo com a companhia de análise de crédito, o aumento do índice, nas comparações anuais, está relacionado à dificuldade enfrentada pela empresas "com as elevadas taxas de juros e com a valorização do real". Além disso, segundo a Serasa, a inadimplência dos consumidores também impacta nas empresas que concedem crédito sem metodologia adequada.

Quanto à diminuição da inadimplência entre março e abril de 2006 os técnicos da companhia destacaram que o comportamento foi motivado pela base comparativa elevada. "A ocorrência do carnaval no final de fevereiro causou um efeito calendário em março, com grande volume de títulos não pagos em fevereiro anotados no mês seguinte, o que inflou o indicador no terceiro mês de 2006", observaram.

Entre as modalidades pesquisadas, os títulos protestados continuaram com a maior participação (40,5%) entre as pessoas jurídicas em abril, ante 41,3% no mesmo mês de 2005, e com valor médio de R$ 1.367,62 das anotações negativas no final do primeiro quadrimestre.

O segundo indicador em representatividade das empresas foi o dos cheques sem fundos, que aumentou de 39,1%, em abril de 2005, para 39,8% no mês passado, com valor médio de R$ 1.270,59.

A menor participação, de 19,7%, ficou por conta das dívidas registradas com os bancos, num resultado ligeiramente superior à participação de 19,6% do mesmo mês do ano passado. O valor médio no acumulado deste ano foi de R$ 3.400,77.

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