Inadimplência de empresas cresceu 7,9% em novembro

São Paulo – A inadimplência das empresas teve nova alta em novembro, de acordo com levantamento divulgado hoje (2) pela Serasa. Em comparação com outubro, a elevação foi de 7 9%, a segunda alta consecutiva do indicador, que em outubro registrou crescimento de 1,8% em relação a setembro. Em relação a novembro de 2004, foi constatada uma alta de 8,4%. A companhia de análise de crédito também informou que a inadimplência de pessoas jurídicas aumentou 14,1% nos 11 meses de 2005, na comparação com o mesmo período de 2004.

Na avaliação dos técnicos Serasa, a redução no ritmo da atividade econômica e as altas taxas de juros pressionaram o fluxo de caixa das empresas, restringindo a capacidade de honrar os compromissos financeiros e levando a um aumento da inadimplência.

O Indicador Serasa de Inadimplência considera registros de títulos protestados, cheques devolvidos e dívidas vencidas com instituições financeiras. Em novembro, os títulos protestados tiveram a maior participação (40,7%) na inadimplência de empresas e atingiram o valor médio de R$ 1.400 45 no acumulado de 2005. De acordo com a companhia, no entanto, o peso dos protestos no indicador vem caindo a cada ano e apresentou em novembro uma participação inferior à registrada no mesmo período de 2004, que foi de 43,2%.

O segundo índice na representatividade do indicador de inadimplência é o de cheques sem fundos, que apresentou um peso de 39,1% na inadimplência das empresas e registrou o valor médio de R$ 1.234,27. Em novembro de 2004, a participação dos cheques sem fundos foi de 39,5%.

As dívidas registradas com os bancos teve a menor participação no índice (20,2%), com um valor médio de R$ 3.180 36. A representatividade das dívidas com os bancos vem "crescendo a cada ano" de acordo com a Serasa e apresentou uma participação superior a registrada em novembro de 2004, que foi de 17,3%.

A empresa informou que, em relação ao período de janeiro a novembro de 2004, houve um aumento de 3,3% no valor médio das dívidas com cheques sem fundos e de 5,4% no valor médio das anotações de protestos. O valor médio das dívidas com bancos e financeiras foi 13,1% maior que no mesmo período de 2004.

Voltar ao topo