Inadimplência de consumidor cresceu 4,7% em agosto, segundo Serasa

Levantamento divulgado, nesta quinta-feira, pela Serasa mostrou que a inadimplência dos consumidores no País apresentou alta em agosto. Na comparação com julho, houve crescimento de 4,7%. Em relação a agosto de 2004, a variação positiva foi ainda mais expressiva e atingiu 20,3%.

Entre janeiro e agosto, a empresa de análise de crédito constatou elevação de 13,9% ante os primeiros oito meses do ano passado. De acordo com a Serasa, o comportamento foi motivado pelo crescimento no endividamento da população, "fruto da expansão do crédito financeiro às pessoas físicas, bem como do aumento na aquisição de bens de consumo duráveis, por meio dos financiamentos da rede varejista".

Os técnicos da empresa destacam que a inadimplência tem apresentado crescimento menor que o do crédito. Na comparação entre agosto de 2005 com o mesmo mês de 2004, o saldo de operações de crédito do sistema financeiro para as pessoas físicas aumentou 22,3%.

A tendência, segundo a Serasa, é de que o crédito continue crescendo nos próximos meses, em razão do aumento da massa salarial e da expectativa de manutenção do processo de redução da taxa básica de juros, iniciado em setembro pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

O Indicador Serasa de Inadimplência analisa registros de cheques devolvidos, títulos protestados e dívidas vencidas com instituições financeiras, empresas do varejo, cartões de crédito e financeiras. No mês passado, os cheques sem fundos voltaram a apresentar a maior participação (36,7%) entre as pessoas físicas, com valor médio de R$ 530,12 das anotações negativas.

Em agosto de 2004, esta modalidade tinha representatividade de 34,9% e, no mesmo período de 2003, de 36%. As dívidas com cartão de crédito e financeiras ocuparam o segundo posto, com participação de 33,5% e valor médio de R$ 261,02. A terceira maior participação (27,9%) foi do indicador dos registros de dívidas com os bancos, que tiveram valor médio de R$ 1.033,54.

Os títulos protestados, com 1,8% de representatividade e valor médio de R$ 741,80, mantiveram a tendência dos últimos meses e tiveram a menor participação entre as modalidades pesquisadas em agosto pela Serasa.

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