Inadimplência cresce 11,3% em abril

Levantamento divulgado ontem pela Serasa mostra que a inadimplência dos consumidores brasileiros aumentou 11,3% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em relação a março de 2006, entretanto, houve queda de 11,4%, após um aumento de 35,1%, constatado na pesquisa anterior, na comparação entre fevereiro e o terceiro mês do ano.

Segundo a Serasa, a queda reflete o fim da sazonalidade, que acumula compromissos característicos do primeiro trimestre do ano, como pagamentos de impostos e matrículas escolares. A companhia mencionou também o parcelamento de compras do Natal de 2005 – que ainda traz impacto no orçamento doméstico.

Outros aspectos conjunturais citados foram o desemprego, ligeiramente menor em relação ao mesmo período do ano anterior, e a maior contratação com carteira assinada, que promoveram, segundo a Serasa, uma inadimplência ?dentro dos parâmetros esperados pelos agentes e sem sobressaltos?.

Na comparação entre o primeiro quadrimestre deste ano e o do ano passado, a empresa de análise de crédito detectou elevação de 15,2%.

A Serasa salientou que as elevações na inadimplência da pessoa física voltaram a apresentar evoluções entre 11% e 15%, como ocorria antes de dezembro do ano passado. Ressaltou, porém, que cresce, em 2006, a taxas inferiores à metade da evolução do crédito.

?A relação dos últimos 12 meses (até março de 2006), de acordo com o último dado disponível do Banco Central, registrava crescimento de 33,5%. Assim, o crédito desfruta de uma posição bem positiva frente à inadimplência?, observou.

Ranking

O Indicador Serasa de Inadimplência analisa registros de cheques devolvidos por falta de fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com bancos, cartões de crédito e financeiras.

No mês passado, os cheques sem fundos apresentaram a maior participação (33%) entre as pessoas físicas, com valor médio de R$ 559,35 das anotações negativas no final do quadrimestre. O porcentual foi ligeiramente superior ao registrado em abril de 2005, quando atingiu 32,7%.

As dívidas com cartão de crédito e financeiras ocuparam o segundo posto, com participação de 32,2%, e valor médio de R$ 303,37. A terceira maior participação (31,9%) foi do indicador dos registros de dívidas com os bancos, que tiveram valor médio de R$ 1.093,86. Os títulos protestados, com 3% de representatividade e valor de R$ 762,10, tiveram a menor participação entre as modalidades pesquisadas pela Serasa.

Em relação ao acumulado de janeiro a abril de 2005, houve um aumento de 9,2% no valor médio das anotações de cheques sem fundos e uma alta de 11,2% no valor das anotações de protestos. O valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras cresceu 21,0%, em relação ao primeiro quadrimestre de 2005, e o valor das dívidas com os bancos apresentou alta de 4,6%.

Voltar ao topo