Inadimplência cresce 0,9%, mas Serasa vê desaceleração

A inadimplência dos consumidores apresentou leve alta de 0,9% entre janeiro e agosto de 2004, em relação ao mesmo período do ano passado, conforme informou a Serasa nesta quinta-feira. O número indica, no entanto, desaceleração acentuada, se comparado com o aumento de 5,4% na inadimplência, constatado entre os primeiros oitos meses de 2003 e 2002. O movimento de desaceleração fica ainda mais evidente quando o resultado é comparado com a inadimplência de 23,9% apresentada no ano 2002, ante 2001.

Em agosto de 2004, a inadimplência dos consumidores diminuiu 4,3% em relação a julho e aumentou 3,3% na comparação com agosto de 2003.

O Indicador Serasa de Inadimplência contempla registros de cheques devolvidos, títulos protestados, dívidas vencidas com instituições financeiras, empresas do varejo, cartões de crédito e financeiras.

Até o mês de agosto, os cheques sem fundos tiveram a maior participação (36%) na inadimplência de consumidores, com valor médio de R$ 441 das anotações negativas. A segunda maior participação foi registrada por cartões de crédito e financeiras (33%), com valor médio de R$ 244. Em seguida, apareceram os registros nos bancos (29% de participação e R$ 927 de valor médio) e, com a menor representatividade (2%), os títulos protestados, com valor médio de R$ 630.

De acordo com os técnicos da Serasa, o movimento de desaceleração na inadimplência de pessoas físicas é resultado da melhora do nível de atividade econômica, verificada a partir de abril deste ano. A empresa alega que o bom momento teria contribuído com a abertura de novas vagas de trabalho e com a melhor negociação salarial obtida por trabalhadores de algumas categorias, por meio de reposição de perdas inflacionárias. Também estaria contribuindo para a redução da inadimplência a opção do consumidor por regularizar suas pendências financeiras, em vez de assumir novas dívidas.

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