IGP-M desacelera com deflação no setor de alimentos

A deflação no setor de alimentação (-1,21%) e a desaceleração de preços em combustíveis e lubrificantes (de 0,31% para 0,12%) no atacado levou à taxa menor da primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de fevereiro, que subiu 0,11% ante alta de 0,32% em igual prévia em janeiro

Segundo o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, com os preços em baixa nesses dois segmentos, os preços no atacado medidos pelo Índice de Preços por Atacado (IPA) registraram queda, de 0,01%, na primeira prévia de fevereiro. "O IPA tem o maior peso na formação do IGP, e foi a principal influência para a desaceleração na taxa da primeira prévia", afirmou ele

O economista considerou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC0, que mede a inflação no varejo, também registrou forte desaceleração (de 0,55% para 0,36%), e contribuiu para o resultado menor na primeira prévia do índice desse mês. "Mas não podemos nos esquecer que o IPA pesa duas vezes mais do que o IPC. O IPA influenciou mais a desaceleração da primeira prévia do IPC", argumentou.

De acordo com ele, no setor de alimentação tanto os preços dos alimentos processados quanto dos alimentos in natura despencaram no atacado. Os preços do primeiro grupo saíram de uma alta de 0 85% para uma queda de 0,80%; e os preços dos in natura passaram de elevação de 2,86% para uma deflação de 2,22%.

Já nos combustíveis, os destaques ficaram por conta de dois produtos cuja movimentação de preços está fortemente influenciada pelo cenário internacional nos preços do petróleo. É o caso das quedas em óleos combustíveis (de 0,01% para -0 70%); e querosene de aviação (de 5,30% para -0,79%).

Voltar ao topo