Guerra urbana

A cada vez mais encarniçada guerra urbana travada no Rio entre gangues pelo controle dos pontos de tráfico de entorpecentes, e outras maquinações do chamado crime organizado, com o envolvimento institucional do aparato de repressão do Estado, transformou a população civil num alvo tanto de bandidos quanto de agentes da lei, face o elevado número de vítimas de balas perdidas.

Desde o início de maio a polícia entrou em confronto direto com os traficantes no Complexo do Alemão, na zona norte da cidade. Quinze pessoas já morreram e 48 ficaram feridas desde o início do conflito. Somente nesse final de semana mais oito pessoas receberam ferimentos provenientes da metralha em vários pontos do bairro.

A guerra urbana carioca recrudesceu com o assassinato de dois PMs na zona norte, no começo do mês, quando a polícia invadiu o Complexo do Alemão supondo que os autores do crime se homiziaram em algum ponto do ajuntamento populacional. Um dos virtuais assassinados, já identificado pela polícia, atende pela significativa alcunha de ?Mata Rindo?.

Enquanto isso, cidadãos humildes, na maioria trabalhadores braçais, pagam o amargo preço do profundo abismo existente entre as ações de governo e a realidade socioeconômica do País. Uma calamidade inominável.

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