Um ‘acerto de contas’ entre gangues provocou a morte de sete meninos nesta madrugada no Educandário São Francisco, em Piraquara, PR. Os educadores da unidade de recuperação e a Polícia Militar intervieram rapidamente e evitaram que a briga entre grupos, com vínculos com o tráfico de drogas em Curitiba e no interior do Paraná, tivesse conseqüências ainda maiores. A ala onde ficam os meninos mais novos e de delitos menos graves foi rapidamente isolada e os grupos envolvidos na briga foram separados nas primeiras horas da madrugada.
Nenhuma reivindicação foi feita pelos internos ao estado, não havendo sequer tentativa de fuga. Os infratores afirmaram que se tratava, apenas, de “coisa deles”.
Nos tumultos, que tiveram início no final da noite de ontem, foram mortos sete meninos, entre 17 e 18 anos. Seis são do interior do Paraná (um de Cambé, um de Cascavel, um de Jacarezinho e três de Londrina) e um de Curitiba. Outros cinco meninos ficaram feridos. No local, estão internados 237 adolescentes infratores de todo o estado. Na briga, os internos danificaram parte das instalações, que começam a ser prontamente recuperadas pelo Governo do Paraná. A situação está sob controle e nos próximos dias tudo volta à normalidade.
O Governo do Estado do Paraná lamenta profundamente o ocorrido, solidarizando-se com as famílias dos meninos mortos e feridos, exatamente no momento em que uma nova política psico-pedagógica está sendo implementada com vistas à plena recuperação dos adolescentes em conflito com a lei. É de se ressaltar ainda que neste ano este Governo já inaugurou quatro novas unidades, uma em Londrina com capacidade para 80 internos e outras três, com capacidade máximo de 20 internos, em Santo Antônio da Platina, Umuarama e Fazenda Rio Grande.
O Governo do Paraná assinou também, há 15 dias, autorização para execução de outras quatro unidades, que terão no máximo 80 internos, como forma de possibilitar um melhor processo pedagógico, para que haja de fato a recuperação desses menores infratores.
Todas as providências, que porventura se fizerem necessárias, serão tomadas no menor tempo possível para que se descubram a verdadeira causa do “acerto de contas” dos menores em conflito com a lei e responsabilidades sejam apuradas e punidas.
Pe. Roque Zimmermann
Secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social