Google ignora ordem judicial de quebra de sigilo

A Justiça determinou, a pedido do Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, a quebra do sigilo telemático de uma série de usuários e comunidades do Orkut, mas até agora a empresa americana Google, controladora do site de relacionamentos, não cumpriu nenhuma ordem. A informação foi dada hoje pelo procurador da República Sérgio Suiama, que conduz 25 investigações para apurar se o Orkut serve de suporte para a prática de crimes como racismo e pedofilia.

"Uma decisão diz respeito à comunidade de skinheads chamada ?Tiro na nuca de mendigos em São Paulo?. O Google já foi intimado duas vezes", afirmou Suiama. Na segunda vez, de acordo com ele, a empresa teria dado a entender que iria colaborar pontualmente, enquanto o esforço do MPF é para montar um canal permanente de diálogo. "Colaborar pontualmente é inaceitável. Eles têm uma filial no Brasil, têm de cumprir a lei brasileira."

Um representante da matriz do Google tem reunião marcada com Suiama no dia 16 de maio para discutir termos de um eventual acordo de cooperação. Procurada por sua Assessoria de Imprensa, a empresa não atendeu a reportagem.

Escândalo

A Polícia Civil de Pompéia (SP) vai ouvir por carta precatória o principal suspeito de espalhar pelo Orkut fotos em que a universitária Francine Favoretto de Resende, de 20 anos, aparece fazendo sexo com dois homens. A jovem pretende processar o Google.

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