Fuzil semi-automático some do Palácio do Planalto

Um fuzil semi-automático calibre 7.62 milímetros, utilizado pelo Regimento de Cavalaria de Guarda ? os Dragões da Independência -, responsável pela segurança externa do Palácio do Planalto, desapareceu no fim de semana, conforme denuncia a edição de hoje (19) do jornal O Estado de S.Paulo.

O Centro de Comunicação Social do Exército (CeComEx) confirma o desaparecimento da arma e afirma que um inquérito policial militar (IPM) foi aberto na última segunda-feira (17). As investigações terão prazo de 40 dias para identificar o responsável e localizar o armamento.

Segundo o CeComEx, o tenente do Exército responsável pelo comando da guarda
acredita que o furto ocorreu entre a madrugada de sábado (15) e a manhã do último
domingo (16), já que na conferência de sábado o número de fuzis estava completo e a falta do armamento foi verificada somente na manhã de domingo. Esta teria sido a primeira vez que se registra esse tipo de ocorrência no Palácio do Planalto.

Atualmente são utilizados pela Cavalaria de Guarda 30 fuzis do mesmo modelo do desaparecido. O Exército brasileiro possui um total de 120 mil fuzis em todo o país, 700 deles apenas no Regimento de Cavalaria.

O Centro de Comunicação Social do Exército enfatiza que o histórico de recuperação de armamentos furtados em todo o Brasil é bastante favorável. De acordo com a instituição, nos últimos seis anos foram furtados 118 armamentos, dos quais 109 foram recuperados. Em 2003, foi constatado o envolvimento de 13 militares no desvio de armas e no ano passado, 14 militares. O efetivo total do Exército é atualmente de 214 mil homens.

A punição para o roubo de armamentos, prevista no Código Penal Militar, é a expulsão da instituição e seis anos de reclusão. O armamento roubado é utilizado em operações militares de combate e é um dos modelos mais modernos fabricados no Brasil. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) não se pronunciou sobre o assunto.

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