Funcionários do IBAMA fazem greve contra projeto de lei de gestão de florestas

Mais de 1,2 mil servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Brasília pararam por 24 horas nesta quarta-feira (18). O motivo é o projeto de lei que institui a gestão de florestas públicas no Brasil para produção sustentável e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), além da criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF).

O presidente da Associação dos Servidores do Ibama, Jonas Morais Corrêa, diz que o projeto não fortalece o órgão e que a greve é uma forma de advertência. "Esse projeto não foi discutido com a sociedade, nem com os técnicos do Ibama. Ele favorece apenas as organizações não-governamentais e empresas de certificação".

Cerca de cem grevistas se reuniram na Câmara para ouvir o parecer do relator Beto Albuquerque (PSB-RS) sobre a proposta que ainda será estudada por uma comissão especial. Amanhã (19) os servidores voltam ao trabalho, mas o presidente não descarta a possibilidade de uma greve nacional.

O projeto de lei foi encaminhado ao Congresso Nacional em fevereiro deste ano pelo poder Executivo e tramita em regime de urgência. O projeto prevê a "gestão sustentada" de até 13 milhões de hectares de florestas na Amazônia ao longo dos próximos dez anos, além da criação de um órgão federal para fiscalizar a gestão das florestas nos moldes das agências reguladoras brasileiras. 

Voltar ao topo