Funasa vai investir R$ 59 milhões em áreas indígenas e quilombolas

A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) vai investir R$ 59 milhões do programa Sistema Nacional de Vigilância em Saúde (Vigisus) em ações para melhorar as condições de vida e saúde dos índios e dos quilombolas em 2005. O programa financia ações de prevenção, controle e combate de doenças e de vigilância ambiental em saúde nos estados e municípios.

O Vigisus foi criado em 1999 para aperfeiçoar e fortalecer o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e vai contar com investimentos de R$ 515 milhões até junho de 2008.

O presidente da Funasa, Valdi Camárcio Bezerra, explicou que as ações a serem executadas nas aldeias indígenas e nas áreas onde moram as comunidades quilombolas serão diferenciadas.
"Nas regiões quilombolas, os recursos do Vigisus serão usados para financiar obras de saneamento. Nós vamos construir banheiros e redes de abastecimento de água nas casas. Já nas aldeias indígenas, o trabalho será mais amplo. Começa com ações na área de saúde mental, porque existem problemas de alcoolismo e suicídio entre os índios. Haverá apoio à medicina tradicional dos índios, somado aos esforços das nossas ações", afirmou.

Além disso, está prevista a compra de geladeiras para garantir também a armazenagem de vacinas nas aldeias que serão estocadas nas casas de saúde indígenas. Na área nutricional, os indicadores de saúde da população indígena estão ligados à questão da alimentação. "Nós faremos estudos da vigilância nutricional levando em conta a necessidade em cada comunidade indígena para melhorar a qualidade de alimentação dos índios", disse o presidente da Funasa.

A fundação dispõe de R$ 130 milhões do Vigisus para aplicar em aldeias indígenas e áreas de quilombolas nos próximos quatro anos. Metade desse dinheiro é do orçamento da Funasa e a outra parte vem de um empréstimo feito com o Banco Mundial (Bird).

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