Frente contra a MP 232 quer votação na Câmara amanhã

Os líderes da Frente Brasileira contra a MP 232, que reajusta a tabela do Imposto de Renda em 10% e aumenta o imposto dos prestadores de serviço, vão amanhã (29) à Brasília para pressionar os deputados a votarem nesta terça-feira a medida provisória na sessão da Câmara. O movimento que reúne 1315 entidades representativas de classes, querem que o presidente da Câmara, Severino Cavalcantii (PP-PE), mantenha a agenda de votação e bloqueie a iniciativa do governo de adiar a votação. "Fizemos uma advertência ao deputado Severino sobre o problema que o País sofrerá se a MP não for votada", admitiu à AGÊNCIA ESTADO o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral. "Queremos a votação imediata porque temos certeza que o aumento de tributos será rejeitado e só será aceita a correção da tabela do Imposto de Renda", afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. "O momento é propício, porque nem a base governista tem unidade em defesa da MP 232", disse.

De acordo com Amaral, a Frente realizou uma "pesquisa informal" na qual "mais de 300 deputados" mostraram-se contrários ao aumento de tributos previstos na MP. "É hora de votar, porque senão a medida entra em vigor e teremos problemas seríssimos para pequenas empresas e prestadores de serviços", argumentou.

A Frente também rejeita o projeto elaborado pelo deputado Carlito Merss (PT-SC) como alternativa para a MP 232. O texto é classificado pelo próprio parlamentar como "muito diferente" da proposta original, avaliação essa recusada pelos dirigentes da Frente. "O texto do deputado Carlito Merss não é aceitável porque mantém a mesma base da MP 232. Conta até com alguns ajustes, mas não deixa de elevar a carga tributária e a burocracia para as empresas", sustentou o presidente do IBPT.

Integrantes da Frente estarão amanhã, às 11 horas, reunidos com parlamentares no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. Cientes de que a agenda de votações da Câmara é extensa e que a MP 232 pode não entrar na pauta, os líderes do movimento contra a medida agendaram para quarta-feira (303) manifestações em frente do Congresso Nacional.

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