Freire aponta semelhanças entre PSDB e PT e defende terceira via

A eleição presidencial deste ano colocará PT e PSDB no mesmo campo político, sem distinção entre as duas legendas na esfera ética e também na condução da política econômica. A opinião é do presidente nacional do PPS e pré-candidato do partido à Presidência da República, deputado Roberto Freire. "Poderemos ter a disputa no pior dos mundos, que é saber qual dos governos, o de Lula ou o de Fernando Henrique Cardoso, permitiu maior corrupção. O resto é mais do mesmo, com um desempenho econômico e medíocre e sem nenhum dos dois falar de um projeto de desenvolvimento para o Brasil", afirmou.

Freire, que acompanha neste momento a assinatura pelo governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, de um projeto de lei de incentivo à produção cultural independente, em evento na Sala São Paulo, na capital paulista, entende que a semelhança entre o PSDB e o PT abrirá espaço para uma outra força política vencer a campanha deste ano.

O PPS ainda negocia a formação de uma aliança, segundo Freire, com PV, PHS e PDT, este último contando com a pré-candidatura presidencial do senador Cristovam Buarque. "A negociação entre os partidos está estacionada porque o PDT decide internamente se terá candidato, enquanto o PV, após a queda da verticalização, discute o lançamento de sua candidatura", explicou.

Freire descartou formar alianças com o PSol, comandado pela senadora Heloísa Helena (AL), e com o PSDB. Ele admite que poderá não encabeçar a chapa numa coligação com o PDT, mas não aceita, previamente, o estabelecimento de Buarque como titular sem antes negociar a fundo a viabilidade da sua própria candidatura.

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