França ainda prefere diálogo, mas lamenta posição do Irã

O ministro das Relações Exteriores da França, Philippe Douste-Blazy, lamentou a reação do Irã à resolução do Conselho de Segurança da ONU para que suspendesse as atividades de seu programa nuclear até hoje. "Deploro a resposta insatisfatória do Irã às propostas ambiciosas para negociações", disse o ministro em comunicado. Ele ressalvou que ainda está "convencido de que a via do diálogo deveria ser favorecida".

Em Nova York, o embaixador dos EUA junto à ONU, John Bolton, disse que o fato de o Irã não ter interrompido o enriquecimento de urânio é uma prova de que aquele país "está buscando capacidade nuclear militar". Ele também opinou que não será necessário obter unanimidade no Conselho de segurança para a aprovação de sanções contra o Irã, mas que nenhuma ação será implementada até que o comissário de Relações Exteriores e Segurança da União Européia, Javier Solana, se reúna com o principal negociador iraniano, Ali Larijani, na próxima semana. Em Salt Lake City (Utah), o presidente George W. Bush disse que "o mundo agora enfrenta uma grave ameaça por parte do regime radical do Irã. Deve haver conseqüências do desafio iraniano".

Em Teerã, o vice-chefe da Organização de Energia Atômica do Ira, Mohammed Saedi, disse que o relatório divulgado hoje pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) "prova que o programa nuclear iraniano está sob supervisão completa da agência" e que "embora não seja satisfatório para nós, o relatório indica que as acusações infundadas dos EUA se baseiam em ilusões de funcionários norte-americanos". As informações são da Associated Press, citada pela Dow Jones.

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