Foz do Iguaçu e Ramilândia recebem Bibliotecas Cidadãs

Foz do Iguaçu e Ramilândia receberam na última terça-feira (24), cada uma, um acervo de dois mil livros, telecentro e um espaço físico para abrigar a Biblioteca Cidadã. As duas construções inauguradas foram a trigésima-nona e quadragésima bibliotecas, das 71 que deverão ser construídas nos municípios paranaenses até o final do ano.

?Tentamos com este projeto acabar com o parodoxo representado com democratização da informação pela internet, mas que deixa a população sem acesso à democratização?, lembrou o secretário de Obras Públicas, Luis Derniso Caron. O projeto Biblioteca Cidadã foi idealizado pela Secretaria da Cultura em parceria com a Biblioteca Pública do Paraná e secretarias de Obras Públicas e Assuntos Estratégicos.

A primeira inauguração foi da Biblioteca Cidadã da Vila C Nova, em Foz do Iguaçu. O prefeito Paulo Mac Donald Ghisi, de Foz do Iguaçu, ressaltou na solenidade de inauguração da Biblioteca Cidadã Paulo Freire, que o projeto desenvolvido pela Secretaria de Estado da Cultura é muito importante para que o município possa atender as áreas ainda carentes de equipamentos culturais.

Na ocasião, a secretária de Estado da Cultura Vera Mussi Augusto explicou que a Biblioteca Cidadã possui um acervo que contempla todos os gêneros literários e convidou os jovens e adultos da comunidade para conhecer os livros e chamou atenção para o fato dessa biblioteca promover a inclusão intelectual. ?Queremos que a biblioteca seja um ponto de encontro e seus benefícios alcancem dos jovens estudantes até os idosos?, destacou Vera Mussi.

De fato, um dos pontos altos da biblioteca cidadã é o acervo de livros selecionados para as comunidades. São dois mil volumes que contemplam os grandes autores da literatura nacional e internacional. Só como exemplo, na parte poética estão praticamente todas as obras de Vinicius de Moraes, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Pablo Neruda, entre outros nomes.

Na parte dedicada aos romances a relação também é especial com a coleção completa de Jorge Amado, Gabriel Garcia Márquez, Thomas Mann, Rubem Fonseca, Chico Buarque, Ruy Castro e muitos outros. Há também livros que contam bibliografias de pessoas famosas e uma parte dedicada à literatura infanto-juvenil com todos os livros de Monteiro Lobato, uma coleção significativa da escritora Ruth Rocha, a Turma da Mônica e, quem diria, até as aventuras do Asterix ? famoso personagem da dupla francesa Goscinny e Uderzo.

A segunda cidade a ser atendida é Ramilândia, localizada na região Oeste do Paraná. O município em seus 13 anos de fundação, possui mais de 3 mil habitantes que irão usufruir um acervo de duas mil obras, num prédio de 180 metros quadrados, que abrigará além da biblioteca, um salão comunitário, espaço cívico e de recreação.

?A biblioteca é um espaço muito importante principalmente para um município pequeno como o nosso?, declarou o prefeito da cidade, Ubaldo de Barros, durante a cerimônia de inauguração da Biblioteca Pública Cidadã do Município de Ramilândia.

Valorização cultural da região

As bibliotecas valorizam artistas da região ao permitir que pintem um painel na entrada principal. No município de Foz do Iguaçu, a Biblioteca Municipal Paulo Freire recebeu um painel do artista Vlademir Francisco Zanatta, que focalizou como tema as Lendas das Cataratas.

Na Biblioteca Pública Cidadã do Município de Ramilândia, o convidado foi o artista Pedro Amaral que preparou um painel que retrata a importância da educação e da tecnologia, ao lado da bandeira do município. O projeto também prevê o plantio de uma ou mais árvores nativas no terreno. As árvores escolhidas para serem plantadas nas cidades de Foz do Iguaçu e Ramilândia foram, respectivamente, um ipê-roxo e um pau-brasil.

Projeto

O projeto arquitetônico das Bibliotecas Cidadãs é constituído de módulos de forma a poder adaptar-se a diferentes tipos de terrenos e possibilitar uma ampliação futura. As construções ficam sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Obras Públicas. O orçamento previsto para cada biblioteca completa (edificação, acervo, equipamento e treinamento de pessoal) é de R$ 250 mil. A instalação dos telecentros é coordenada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos e pela Celepar. Além do mobiliário necessário, os prédios serão equipados com computadores com acesso à Internet, aparelhos de televisão, vídeo e DVD.

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