Fortes ironiza comentário de Lula sobre pré-candidatura de Alckmin

São Paulo – O coordenador pefelista da pré-candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à presidência da República, senador Heráclito Fortes (PFL-PI), ironizou o comentário feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no encontro que teve ontem (dia 24) com um grupo de prefeitos, de que Alckmin poderia ser trocado pelo tucano José Serra na corrida sucessória ao Palácio do Planalto. "Se o Lula não sabe o que acontece dentro da casa dele, com os amigos dele, com o governo dele e com o próprio partido dele (o PT), como vai saber o que ocorre na nossa chapa à Presidência?"

Além de ironizar o comentário de Lula e classificá-lo como "intriga da oposição", o senador pefelista disse que a pré-campanha de Alckmin continua "firme e forte". Segundo Fortes não existe qualquer arranhão nas negociações entre PFL e PSDB para a formação de uma aliança nessas eleições. Ele evitou comentar as declarações do prefeito do Rio, César Maia (PFL), de que a legenda poderia não estar aliada com o PSDB neste pleito.

"Não sei o contexto das declarações de Maia", disse o senador. E continuou: "O objetivo maior é derrotar o presidente Lula e estamos trabalhando juntos", emendou. O que pode ocorrer, no seu entender, é a aliança ser ampliada com a inclusão do PMDB.

A chamada tríplice aliança (PSDB/PFL e PMDB), de acordo com o senador, não está descartada e continua aberta a possibilidade de o PFL abrir a vaga de vice na chapa de Alckmin para os peemedebistas, se as negociações caminharem nesse sentido e os partidos avaliarem que esta é a melhor saída para derrotar o PT nas urnas. Enquanto isso, as negociações continuam em torno dos dois pefelistas mais cotados para a vaga de vice na chapa tucana os senadores José Jorge (PE) e Agripino Maia (RN).

Heráclito Fortes está organizando um jantar em sua residência, amanhã (dia 26), com os senadores do PFL (16 ao todo) e o pré-candidato Geraldo Alckmin. "Vamos nos reunir para trocar idéias e falar dos novos passos da pré-campanha", destacou. Para ele, a pré-campanha do tucano está no rumo certo e caminhando bem, "pois Alckmin é cauteloso e muito seguro". Na sua avaliação partir da próxima semana, as negociações começam a tomar mais consistência, até por conta dos prazos que os partidos têm para definir suas estratégias para este pleito.

Para descartar a hipótese de que seu partido possa se lançar nessas eleições presidenciais sem uma aliança com os tucanos, Fortes argumenta que está tendo participação ativa nessa fase de pré-campanha de Geraldo Alckmin. Como coordenador do lado pefelista, o senador tem trabalhado no sentido de conseguir apoios estratégicos e de inserir o tucano em atividades que o tornem mais conhecido do eleitorado, principalmente nas regiões onde Lula é favorito, como no Nordeste.

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