Força Nacional deixa Mato Grosso do Sul com “missão cumprida”

A tropa da Força Nacional de Segurança Pública, deixa amanhã (02) o Mato Grosso do Sul. Foram 90 dias consecutivos de trabalho, concentrados principalmente no controle de detentos dos cinco maiores estabelecimentos penais do Estado. O reforço de 200 homens chegou, logo depois das rebeliões ocorridas durante os dias 13 e 14 deste maio deste, quando quase 70% desses locais foram destruídos pelos internos.

O governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, tentou uma prorrogação, alegando os benefícios alcançados com a presença da Força Nacional. Porém, um decreto presidencial proíbe a permanência da milícia por mais de três meses em qualquer unidade da federação. Para o comandante da tropa, major PM Agnaldo de Oliveira "a estabilidade voltou aos presídios. Podemos garantir que nossa missão foi cumprida".

Os soldados federais desembarcaram em Campo Grande 17 dias depois das rebeliões nos presídios de Três Lagoas, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Corumbá, encontrando situação bastante difícil. A segurança estava ameaçada devido à depredação das cadeias, agentes ameaçados de morte e homens em número insuficiente para controlar a situação.

A primeira providência foi a identificação dos líderes das rebeliões de maio último. O levantamento mostrou que 20 presos são responsáveis pelas destruições, todos ligados diretamente ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Eles foram transferidos para o Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Catanduvas (PR). "Foi um desmonte que enfraqueceu as ações do PCC nos presídios", reconhece o secretário estadual de Segurança Pública Raufi Marques.

Ele adiantou que a partir de hoje entra em execução um novo programa de segurança nos presídios, principalmente na penitenciária Harry Amorim Costa, em Dourados que estava sob os cuidados da Força Nacional. Também está redobrado o cuidado na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. Os dois presídios estão sendo reformados.

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