Um dos cinco filhos de Maria de Lourdes Silva de Oliveira, irmã do atacante Ricardo Oliveira, do Milan, seqüestrada na manhã desta quarta-feira na Casa Verde, zona norte de São Paulo, é suspeito de envolvimento no crime, segundo a polícia. Ele já teria passagens na polícia por tráfico de drogas e teria até sido internado algumas vezes em unidades da Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem).
A polícia suspeita disso porque o sistema de segurança da casa estava desligado no momento do seqüestro, além de não haver sinais de arrombamento pela casa. Maria de Lourdes é a irmã mais velha do atleta, que chegou há um mês ao Milan, depois de defender o São Paulo na Libertadores.
Em Sevilha, na Espanha, o volante Marcos Assunção, ex-companheiro de Ricardo Oliveira no Betis, ofereceu seu apoio ao jogador, lembrando que viveu uma situação semelhante em 2000 quando seu irmão foi seqüestrado. Na época, jogava pela Roma. "Eu estava na Itália, não aconteceu nada, não tive que pagar o resgate, e ofereci minha ajuda a Ricardo porque conheço algumas pessoas da polícia", contou.
Segundo Marcos Assunção, Ricardo Oliveira estava resolvendo problemas particulares em Sevilha quando soube do caso, e já voltou para Milão. "É uma situação difícil porque de algum modo somos um pouco os chefes de família e temos que assumir coisas como esta", afirmou o volante.
Nos últimos dois anos, seis jogadores tiveram suas mães seqüestradas: os atacantes Robinho, então no Santos, Grafite, ex-São Paulo, e Luís Fabiano, à época no Porto; os laterais Rogério, ex-Sporting, hoje no Fluminense, e Kléber, do Santos; e o zagueiro Marinho, do Corinthians. No mês passado, foi seqüestrada a irmã do lateral-esquerdo Michael, do Palmeiras.