Festival de arte estudantil encerra atividades em Guarapuava

O Festival de Arte da Rede Estudantil (Fera) encerou suas atividades em Guarapuava, neste sábado (13). Foram dias em que os alunos se divertiram e aprenderam brincando. ?Eles ficam chateados com o final desta etapa do Fera, mas têm a certeza de que no ano que vem tem mais?, disse a coordenadora do Fera, Alexandra Gil.

Para marcar a despedida, os mais de 4.000 alunos e professores reuniram-se num grande cortejo, para fazer uma pré-apresentação dos trabalhos confeccionados durante o Festival, como instrumentos musicais, bonecos gigantes, entre outras obras. Já no começo da tarde, houve as apresentações finais dos trabalhos.

Durante todo o evento, os participantes aprenderam em oficinas enfocadas em todas as diversas áreas da arte, assistiram apresentações de artistas profissionais e de grupos formados por alunos. Ao todo foram realizadas 310 apresentações, que contaram com público visitante que ultrapassou a marca de 6.000 pessoas.

Para Laura Maria Bastos Pupo, chefe do Núcleo Regional de Educação de Guarapuava, o Fera ?trouxe um colorido especial? a Guarapuava. ?Sem sombra de dúvida, esses dias se tornaram inesquecíveis para todos?, conta. ?O Fera, como me disse um professor participante, não é mais um projeto e sim um processo educacional. Acredito que o Fera traz uma nova forma, cara e identidade à escola pública do Paraná?, explica.

Prata da casa

Segundo Alexandra Gil, um dos destaques desta edição foi a realização da programação de ?Pratas da Casa?, que consiste na apresentação dos artistas locais para os participantes e população em geral. ?São algumas horas a mais que nossos alunos e a comunidade podem aproveitar de programação cultural. Foi um sucesso, tivemos platéia cheia todos os dias?, ressalta.

Alexandra falou ainda sobre o intercâmbio que haverá com Santa Catarina e Rio Grande do Sul. ?Acredito que seja um reflexo da maturidade, do nível e do porte do projeto. Em julho ou agosto, estaremos em Santa Catarina, como uma equipe de consultores para capacitar e ensinar como realizamos o Fera?, conta. ?Com isso, pode-se perceber a importância e a continuidade do projeto, além de ser uma demonstração do nível de desenvolvimento da administração pública atual?, ressalta.

Outra novidade destacada por Alexandra foi o concurso de redação, no qual os três primeiros lugares foram contemplados com bolsas de estudos doadas pelas Faculdades Guarapuava.

Participantes 

Solange Pereira Ribas, 17 anos, estudante do Colégio Estadual Linda Bacila, de Ponta Grossa, conta que o que a surpreendeu foi a união entre os participantes. ?Parece uma coisa simples, mas a socialização que acontece aqui no Fera é muito importante na vida da gente. Conheci muitas pessoas e lugares novos?, diz. ?Eu desenho, e quando cheguei aqui vi que tinha gente que desenha muito melhor. Então, o que estou levando para a minha casa é mais entusiasmo para aprender e melhorar mais o meu trabalho?, garante.

?Eu já participei das três edições do Fera e quero participar das próximas, porque sempre dá aquela vontade de voltar. Gosto muito de tudo isso aqui?, explica Angélica da Silva Scarton, 14, estudante do Colégio Estadual Nilton Sampaio, de São José da Boa Vista.

Já Lucimara Amâncio, 13, do Colégio Estadual Moacir Júlio Silvestre, de Guarapuava, conta que gostou da motivação que o Fera traz para os alunos. ?O Fera é uma coisa que motiva a gente a continuar trabalhando no que a gente quer?, ressalta. ?É engraçado, porque a gente chega aqui sem saber a quantidade de novidades que vai aprender e isso faz com que dê aquele friozinho na barriga, mas chega na hora e a gente aprende e pode passar para os outros tudo o que aprendeu?, disse.

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