Federação dos petroleiros rejeita proposta de reajuste salarial da Petrobras

Rio – Os petroleiros rejeitaram a proposta de negociação salarial da Petrobras, afirmou o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Hélio Seidel, que foi recebido com outros dirigentes hoje, na sede da companhia, pelo gerente de Recursos Humanos da estatal, Heitor Chagas.

Segundo Seidel, a Petrobras está oferecendo reajuste de 4,89% enquanto outras categorias têm conseguido correção de 7%. "A economia brasileira está crescendo, as empresas estão tendo lucro estupendo. Acho que é hora de crescer o salário real dos trabalhadores e aumentar a participação da folha de pagamentos na renda nacional", disse.

Os petroleiros negociam também cláusulas sociais como a solução para os problemas que enfrentam com relação ao plano de previdência complementar do Fundo de Previdência dos Funcionários da Petrobrás (Petros). "Isso tem impacto na nossa negociação. Temos de oito mil a 10 mil trabalhadores sem previdência complementar, que é uma obrigação da empresa porque está no edital".

Seidel disse que na próxima semana a direção da FUP vai se reunir para avaliar o calendário de negociação que esperam acertar com a empresa. "A gente espera o quanto antes resolver a bom termo o acordo coletivo e pactuar em uma mesa de negociação. Se não conseguir a categoria sempre tem à disposição o seu instrumental de luta que é a greve", disse.

O dirigente afirmou que a discussão do acordo coletivo da categoria costuma ter uma longa negociação, e estima a conclusão para o início de novembro. A data base dos petroleiros é 1º de setembro.

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