O advogado de Vilma Martins Costa, mãe de criação de Pedrinho, divulgou hoje um comunicado à imprensa esclarecendo como a família teve acesso ao garoto desaparecido há 16 anos. Segundo a nota, Vilma recebeu a criança do companheiro, falecido em 19 de outubro de 2002, após ter passado ?por uma depressão muito forte?, conseqüência de um quinto aborto que teria sofrido.
O marido de Vilma, O.M.B., disse à esposa que ganhou a criança de um gari, que morava em Brasília. Segundo informações do advogado, para evitar ?a grande burocratização? do processo adotivo, a família decidiu registrar a criança como se fosse filho do casal.
No comunicado, Ezzio Alves afirma que assim que Vilma tomou conhecimento pela polícia do DF, no dia 1º de novembro deste ano, de que seu filho poderia ser uma criança que fora roubada em um hospital em Brasília, ?imediatamente se dispôs a colaborar para que realizasse o exame de DNA?.
?A versão inicial apresentada pela senhora Vilma Martins Costa, de que era a mãe biológica do adolescente, se deu pelo fato de que não tinha certeza se o casal Jayro Tapajós Braule Pinto e Maria Auxiliadora Rosalino Braule Pinto fossem realmente os pais da criança, e devido ao grande amor que tem pelo mesmo, não queria, se o resultado fosse negativo, que ele soubesse ter sido adotado, evitando com isto que outras pessoas aparecessem dizendo ser seus pais, prejudicando psicologicamente ainda mais o adolescente?, afirma o advogado.
Vilma ainda não conversou com a imprensa. Do lado de fora da casa de Pedrinho, em Goiânia, vários repórteres aguardam informações sobre o garoto e sobre seu encontro com a família em Brasília. (Correio Web)