EUA negam envolvimento em assassinato de líder palestino

São Paulo, SP – Os Estados Unidos negaram veementemente qualquer envolvimento no assassinato do fundador e líder espiritual do grupo extremista palestino Hamas, Ahmed Yassin, 67, pelo Exército israelense. A Casa Branca também pediu calma na região. A conselheira americana para a Segurança Nacional, Condoleezza Rice, afirmou em entrevista a redes de TV americanas que os EUA não foram alertados sobre o assassinato.

“É muito importante que todos recuem agora e tentem ficar calmos na região. Sempre há a possibilidade de um dia melhor no Oriente Médio e algumas coisas que vêm sendo comentadas pelos israelenses podem fornecer novas oportunidades”, disse Rice. “Espero que nada seja feito para impedir que essas novas oportunidades surjam”, afirmou. Fontes de segurança israelenses disseram que o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, ordenou e monitorou pessoalmente o ataque com helicóptero contra Yassin em frente a uma mesquita de Gaza.

Questionada se os EUA tiveram uma participação na morte de Yassin ou se Sharon ligou para o presidente norte-americano, George W. Bush, para dizer que as forças israelenses planejavam o assassinato, Rice respondeu: “Não”. O Hamas insinuou que Washington tinha dado sinal verde ao ataque, mas Rice negou: “Não, claro que não”.

“Vamos lembrar que o Hamas é uma organização terrorista e que o xeque Yassin estava diretamente envolvido no terrorismo.” Os Estados Unidos consideram o Hamas como um “grupo terrorista”. Na manhã desta segunda-feira, Yassin foi morto em uma operação de “assassinato seletivo” efetuada por helicópteros israelenses, que deixou outros sete mortos e 15 feridos, incluindo dois de seus filhos, provocando ódio, ameaças de vingança e uma forte tensão nos territórios palestinos.

Yassin foi morto em sua cadeira de rodas na saída da mesquita do bairro de Sabra, em Gaza, onde tinha ido para a oração matinal. Um helicóptero israelense disparou três foguetes. O Exército israelense confirmou em um comunicado sua responsabilidade no assassinato, enquanto milhares de palestinos saíam às ruas para manifestar sua ira. (FolhaNews)

Voltar ao topo