EUA e Brasil vão buscar outros acordos além do etanol

Os Estados Unidos não querem ?etanolizar? as relações com o Brasil e os dois países vão anunciar iniciativas em várias áreas antes da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Camp David, em 31 de março. A informação é de Thomas Shannon, subsecretário de Estado para o Hemisfério Ocidental.

Um dos acordos a serem assinados por Brasil e EUA é uma prestação conjunta de assistência ao Poder Legislativo de Guiné-Bissau, para o fortalecimento das instituições democráticas. O Brasil já prestou assistência eleitoral ao país em 2005, com a doação de 25 computadores à Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau e apoio técnico.

?Estamos olhando para áreas onde os EUA e o Brasil podem cooperar para consolidar instituições democráticas na África?, disse Shannon. ?Temos também pendências em relação a Doha e etanol, mas, como Carl mencionou, nós não vamos ?etanolizar? nossa relação, há muitas outras coisas na mesa?, disse Shannon, referindo-se a pergunta de Carl Meacham, assessor do senador Richard Lugar, um dos grandes defensores do etanol no Congresso americano.

Shannon ressaltou que o papel dos governos americano e brasileiro na cooperação de etanol não será no financiamento. ?Os governos vão criar um ambiente para os biocombustíveis se desenvolverem e um fórum para estabelecimento de padrões que vão possibilitar ao etanol se transformar em uma commodity internacional?, disse Shannon. ?Mas essa indústria será criada pelo capital privado, o que é uma boa coisa, significa que não será cartelizada, realmente, como disse o presidente Lula, será a democratização da energia.

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