Estudo identifica fatores de risco da redução de estômago

Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) concluíram em um estudo sobre os riscos para a saúde de superobesos submetidos à cirurgia de redução de estômago, que existem dez fatores de riscos que, se controlados, podem reduzir significativamente as complicações e a taxa média de mortalidade entre as pessoas submetidas a este tipo de procedimento, que, hoje, é de até 4% no Brasil e no exterior.

Segundo os médicos da equipe de cirurgia bariátrica do Hospital das Clínicas (HC) da UFPE, os fatores variam desde o tempo de obesidade aos riscos anestésicos, passando pela presença de doenças associadas e o índice de massa corpórea (IMC). Também foi identificada como agravante a combinação de doenças como asma, diabetes e hipertensão.

Os estudos foram realizados de 1997 a 2000 e envolveram 325 pacientes, dos quais 61 eram superobesos. A determinação e o controle dos fatores de risco reduziu para zero o número de mortes entre os pacientes operados no HC em dois anos.

O cirurgião Álvaro Ferraz, um dos envolvidos no estudo, explica que em relação ao fator tempo os riscos são maiores para aqueles que são superobesos a cinco anos ou mais e que no quesito idade, as complicações são mais freqüentes entre os que estão acima dos 40 anos. O índice de massa corpórea (IMC) é outro item da relação, sendo um fator de risco quando ultrapassa os 60 Kg/m.

“Os pacientes que apresentam essas características só são operados após um período de internação, no qual buscamos a melhora do quadro clínico e o equilíbrio das alterações” explica o cirurgião. Para estar em condições de ser operada, a pessoa passa por uma dieta hipocalórica, tem a diabetes e a dispilidemia controladas e realiza exercícios respiratórios pré-operatório.

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