Economista de Ciro critica elevação de meta de superávit

O economista Luiz Rabi, assessor econômico do candidato da Frente Trabalhista à Presidência da República, Ciro Gomes, criticou hoje a elevação da meta de superávit fiscal de 3,75% para 3,88%. Ele ressaltou que a mudança deverá ?implicar em mais um sacrifício à população?, uma vez que o governo terá que cortar do orçamento cerca de R$ 1 7 bilhão.

De acordo Rabi, embora a medida não afete o próximo governo, a atual gestão terá de retirar em torno de 0,13 ponto porcentual da taxa de crescimento do PIB prevista para este ano, que é de 1% a 1,5%. ?Isso significará menos crescimento da economia e mais desemprego?, disse o economista durante entrevista coletiva à imprensa hoje, na produtora do presidenciável, no bairro do Bixiga, centro da capital paulista.

Rabi destacou que essa alteração da meta, por estar restrita apenas a este ano, não mudará a espinha dorsal do programa econômico do candidato Ciro Gomes.

FMI – O economista Mauro Benevides Filho, um dos assessores econômicos de Ciro, criticou a conduta do presidente Fernando Henrique Cardoso, que na reunião realizada no mês passado com os principais candidatos à Presidência, não divulgou a informação de que 60% da meta de superávit fiscal, de 3,75% do PIB, conforme acertado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), terá que ser cumprida no primeiro semestre do próximo ano. Segundo ele, essa condição imposta pelo Fundo vai limitar o espaço para o próximo governo para promover o crescimento da economia.

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