Vendas industriais do Paraná cresceram 1,15% em janeiro

O setor industrial do Paraná fechou o mês de janeiro com crescimento de 1,15% nas vendas, em comparação ao mesmo mês de 2004. A alta no faturamento da indústria foi puxada pelas vendas dentro do Paraná, que cresceram 8,84%, sobre o mesmo período. No entanto, em relação ao mês de dezembro, como acontece tradicionalmente, houve uma queda de 13,37%. ?Apesar de haver conflito entre a política macroeconômica e o desenvolvimento industrial, com altas dos juros, o setor deverá crescer, com a manutenção das exportações e a criatividade na produção e na gestão nos negócios?, avalia o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures.

Segundo a pesquisa Indicadores Conjunturais, realizada mensalmente pela Fiep, um dos fatores que influenciaram as vendas industriais foi o aumento do crédito pessoal. ?Comparando janeiro de 2004 com janeiro deste ano, o Banco Central aponta uma expansão de 45,21% no crédito oferecido pelos bancos. Isso representa uma injeção de quase R$ 15 bilhões na economia na comparação com o volume do ano passado?, afirma o coordenador do Departamento Econômico, Maurílio Schmitt.

Queda

Mesmo com o faturamento melhor do que no mesmo mês de 2004, janeiro foi o sexto mês consecutivo de queda nas vendas industriais paranaenses. Dos 18 segmentos pesquisados, oito tiveram destaque nas vendas do setor industrial. A maior alta foi do segmento Química, com elevação de 35,6%, influenciada pelas compras dos setores petroquímico e sucroalcooleiro. Também cresceu o faturamento dos segmentos Perfumaria, sabões e velas (21,6%), Papel e Papelão (15,6%) e Produtos Farmacêuticos e Veterinários (13,6%), por estar próximo da época de vacinação dos rebanhos paranaenses.

Entre os itens que apresentaram quedas nas vendas no período estão Couros, peles e produtos similares (-63,4%), Mecânica (-35,4%) e Editorial Gráfica (-28,9%).

Destinos

As vendas industriais subiram na comparação dos últimos doze meses apenas dentro do Estado (8,8%), apesar do recuo de 12,1% no mês. Os negócios com outros estados caíram 11,2% em janeiro e 2% no acumulado do ano. Para o exterior, a venda no mês caiu 19,4% e o acumulado dos doze meses foi negativo em 3,19%.

No resultado de janeiro de 2005 contra janeiro de 2004, houve alta de 17,7% nas compras de insumos industriais. A importação predominou neste período, com 23% de alta, influenciando inclusive na balança comercial de janeiro, cujo superávit recuou US$ 120 milhões.

O setor que mais comprou no acumulado de janeiro foi Papel e Papelão (101,5%), seguido de Bebidas (61,8%) e Material de transportes (50,5%). Já Couro, peles e produtos similares, Editorial e Gráfica e Perfumaria, sabões e velas recuaram, respectivamente, 63,5%, 39,4% e 31,4% em janeiro.

A queda nas vendas de janeiro em relação a dezembro de 2004 refletiu na utilização da capacidade instalada da indústria, que caiu cinco pontos percentuais em relação à média de 2004, que foi de 77%. A diminuição da atividade produtiva também provocou queda de 6,52%, nas horas trabalhadas em janeiro.

Apesar disso, a indústria paranaense contratou mais em janeiro. O aumento foi puxado pela extensão do período de colheita da safra de cana-de-açúcar. Foram gerados 1.400 vagas, um crescimento acumulado de 7,7% e no mês de 0,37%. Já a massa salarial reduziu, entre janeiro e dezembro, 15,5%.

Os setores que mais empregaram nos últimos doze meses foram Material de transportes (42,4%), Química (32,5%) e Perfumaria, sabões e velas (16,3%). Os setores com quedas foram Matérias Plásticas (20,3%), Vestuários, calçados e artefatos de tecidos (12%) e Têxtil (9,1%). 

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