As vendas de veículos no mercado interno tiveram um crescimento de 10,5% no ano passado, num total de 1,58 milhão de unidades, segundo informou a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). O setor automotivo registrou desempenhos recordes para o nível de produção e o volume das exportações.
As exportações de veículos, máquinas agrícolas, motores e componentes atingiram US$ 8,3 bilhões, uma expansão de 51,8% sobre 2003, ano do recorde anterior (US$ 5,5 bilhões).
A produção total de veículos das montadoras instaladas no Brasil alcançou 2,2 milhões de unidades, número 20,7% superior ao resultado do exercício anterior. Trata-se do maior número desde 1997, quando o setor atingiu o número histórico de 2,1 milhões de unidades.
No ano passado, a indústria automotiva foi responsável pela geração de 11 mil novos postos de trabalho, com um total de 102 mil pessoas empregadas.
Para 2005, a Anfavea estima que as vendas internas atinjam 1,64 milhão de unidades, com um aumento de 4% sobre 2004. As exportações podem alcançar a marca de US$ 8,9 bilhões, uma alta prevista de 7% sobre o resultado do ano passado.
Quanto à produção, a associação estima que as empresas associadas sejam responsáveis pela fabricação de 2,3 milhões de unidades, um crescimento esperado de 5,4% sobre 2004. A Anfavea não divulgou projeções para a geração de novos empregos.
Bicombustível
A cada quatro veículos vendidos no País, um é bicombustível ou movido a álcool. Lançado em março de 2003, o modelo bicombustível (flex fuel) caiu no gosto dos brasileiros.
Dados divulgados ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram que em 2004 as vendas de modelos movidos a álcool ou bicombustíveis somaram 379.328 unidades – 348,6% a mais. Desde total, 328.374 são "flex fuel". A participação no mercado, que era de 6,9% em 2003, saltou para 25,9%.