Venda de veículos bate recorde em julho, aponta Anfavea

A produção e as vendas do setor automotivo bateram recordes em julho e no acumulado dos primeiros sete meses do ano, segundo informou nesta segunda-feira (6) o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider. A produção total de automóveis em julho somou 268,2 mil unidades e as vendas, 217,4 mil unidades. De janeiro a julho a produção foi de 1,65 milhão e as vendas, de 1,3 milhão de veículos.

De acordo com o executivo, a manutenção do ritmo mostra que o setor vem registrando um crescimento sustentado. O presidente da entidade reiterou que o volume de crédito é um dos principais pilares da evolução. Segundo dados da Anfavea, o volume de crédito disponibilizado para o setor automotivo cresceu 24,6% em junho de 2007 (último dado disponível) em relação ao mesmo mês do ano passado, totalizando R$ 71 bilhões.

Schneider destacou ainda que a queda de juros para o setor também contribui positivamente, lembrando que nos últimos 12 meses houve uma redução de 5,2 pontos porcentuais, para 19,4%. O alongamento dos prazos é outro ponto favorável. Conforme a Anfavea, em junho de 2007 49% das operações de financiamento para carros novos tinham prazos acima de 36 meses. No mesmo período do ano passado, este tipo de operação respondia por 34%. O presidente da Anfavea ressaltou ainda que a inadimplência (superior a 90 dias) tem se mantido em patamares que considera baixos, de 3,2%. O executivo lembrou que média de inadimplência para outros bens é de 7,1%.

Apesar do aumento significativo das vendas no mercado interno, Schneider garantiu que os estoques na indústria e nos concessionários estão em níveis razoáveis e não sinalizam preocupação. Segundo a Anfavea, o estoque total do setor era 139.321 unidades em julho de 2007, o que corresponde a 19 dias. No mesmo mês do ano passado, os estoques equivaliam a 22 dias, com 143.498 unidades. Ele também declarou que a cadeia automotiva tem respondido rapidamente ao crescimento do mercado e que o setor não sentiu, até agora, dificuldade relevante para abastecimento das linhas de produção.

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