Varig e TAM discutem fim de acordo operacional

Rio (AE) – Varig e TAM fazem hoje a primeira reunião para definir como será o fim do acordo de compartilhamento de assentos (também chamado code share), conforme foi determinado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no dia 27. As duas companhias aéreas preparam novos planejamentos de vôos, mas a tendência é deixar de atender rotas menos rentáveis e, dependendo da linha, poderá haver redução de freqüências.

O vice-presidente-comercial e de Planejamento da Varig, Alberto Fajerman, admite que a flexibilidade de freqüências será menor. Ele lamenta o fim do code share, considerando que o acordo trouxe benefícios para os passageiros ao oferecer mais opções de vôos. "Vamos ter de definir o que é melhor para o consumidor", acrescentou. Já a TAM informou que ainda está analisando o assunto.

Há duas alternativas para o fim da parceria, que ainda passará pelo crivo do Cade, diz Fajerman. Uma delas prevê o fim do acordo de uma só vez, numa data a ser combinada e aprovada nos próximos meses. Outra possibilidade é encerrar o compartilhamento gradualmente, na ordem inversa de sua implementação: ou seja, a partir das últimas fases para as primeiras implementadas. O code share previa quatro etapas, mas só três foram postas em prática.

O compartilhamento teve início nos aeroportos centrais em março de 2003, principalmente na ponte aérea Rio-São Paulo. No mês seguinte, ele foi estendido ao Nordeste e Norte do País. Em maio, foi a vez das demais regiões. A quarta fase previa, dentre outras medidas, a entrada em operação da empresa gestora do acordo, que não chegou a sair do papel. Embora Varig e TAM não tenham definido a data para o fim da parceria, o Cade estima que ela só deverá terminar em seis meses.

As duas empresas terão praticamente só três dias para definir como voarão sozinhas, já que no dia 15 submeterão ao Cade seus novos planos de vôo "solo" no mercado doméstico e o Carnaval é na semana que vem. No dia 23, o Conselho dirá se aceita a proposta. A Varig já definiu que não precisa de mais aviões para atender à nova malha aérea que será analisada. Já a TAM informa que manterá o cronograma de recebimento de novas aeronaves. Serão cinco este ano, sendo quatro modelos Airbus A-320 e um A-330.

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