Usina oferece reajuste para encerrar greve

Noventa e sete dos cerca de quatrocentos trabalhadores rurais que não concordaram com o reajuste ofertado pela unidade da Usina Santa Terezinha de Ivaté (região Noroeste) e se recusaram a voltar ao trabalho foram desligados da empresa. Eles já estão retornando aos seus estados: Minas Gerais e Bahia. A informação foi repassada pelo sindicato dos trabalhadores local ao vice-presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Paraná (Fetaep), Antônio Zarantonello, que está acompanhando o caso.

Os trabalhadores paralisaram o corte de cana na última quarta-feira em protesto contra a baixa remuneração (R$ 1,56 por tonelada, quando o mercado chega a pagar R$ 2,50), a pesagem da cana por amostragem (que restringe a remuneração) e a jornada de trabalho 5 por 1 cinco dias de trabalho por um de descanso, o que implica folga semanal coincidente com o final de semana apenas a cada sete semanas.

A empresa aceitou elevar a remuneração em 5% e pagar prêmios aos trabalhadores mais produtivos (entre 10% e 80%) e rever o sistema de pesagem. A jornada permanece a mesma, apesar de duas decisões judiciais determinarem o fim desse regime de trabalho.

A Fetaep solicitou intermediação da Delegacia Regional do Trabalho no caso. “Mesmo com o fim da greve, a usina continua praticando um regime de trabalho que não é do agrado dos trabalhadores e que já foi condenado pela Justiça. Isso não pode continuar”, observou Zarantonello.

Voltar ao topo