União Européia não se manifestou sobre comitê

Rio de Janeiro (ABr) – A União Européia ainda não tem uma posição definitiva sobre a proposta do governo brasileiro de criação de um comitê bilateral para discutir questões referentes à sanidade e à qualidade animal e vegetal no Brasil. Segundo o ministro da Pesca, Altemir Gregolin, o assunto será analisado após o retorno à Europa da delegação chefiada pelo comissário para a Defesa e Saúde do Consumidor da UE, Markus Kyprianous.

A delegação chefiada por Kyprianous encerrou ontem, no Rio, visita a empresas e laboratórios para conhecer os programas de sanidade e qualidade animal e vegetal do Brasil. ?A princípio, a proposta foi muito elogiada pela comissão, e acredito que ela vai ser construída, porque teria participação de técnicos brasileiros e europeus que manteriam reuniões periódicas para troca de informações e para conhecimento mais aprofundado da realidade, além de discutir as questões relativas às exportações e às condições do produto brasileiro?, disse o ministro.

Na opinião do ministro, a iniciativa contribuiria para estreitar as relações entre União Européia e o Brasil, evitando ?possíveis surpresas? com as exportações brasileiras. Para facilitar o trabalho do exportador nacional de pescado, o governo brasileiro está ampliando também o número de laboratórios credenciados. Gregolin disse que há um laboratório em funcionamento em São Paulo e outro habilitado em Minas Gerais.

?Estamos aparelhando um laboratório em Recife, e também queremos licenciar um laboratório no Rio Grande do Norte e no Rio de Janeiro, de forma a dar condições adequadas para as empresas brasileiras realizarem os testes de histamina, no caso de atum, e os testes de resíduos, e possam fazer as exportações com muita rapidez, agilidade e segurança?, informou.

Segundo Gregolin, o Ministério da Agricultura, a Secretaria da Pesca e outros órgãos federais trabalham para dar ao setor privado brasileiro as condições de logística e laboratoriais para poder exportar com tranqüilidade.

Nos últimos três anos, o Brasil dobrou o volume de exportação de pescado. De acordo com Gregolin, desde 1996, o crescimento das exportações tem sido constante. Até agosto, o Brasil exportou US$ 237 milhões em pescados, dos quais 54% se destinaram aos países do bloco europeu. Os produtos mais exportados são lagosta, camarão e peixes diversos, com destaque para o atum.

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