Trip entrega a Lula plano de estímulo à aviação regional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu hoje do presidente da Trip Linhas Aéreas, José Mário Caprioli, um plano de três pontos para estimular a aviação regional, setor que continua contratando mão de obra e registrando altas taxas de crescimento, apesar da crise. O plano consiste em equalizar o sistema de financiamento da aviação que, segundo Caprioli, hoje privilegia as grandes companhias; dar isonomia de tratamento quanto à infraestrutura dos aeroportos regionais, alguns em situação precária; e adoção de uma política de incentivos fiscais para o setor.

Lula, segundo o empresário, observou que as desigualdades regionais estão no centro das preocupações do seu governo e prometeu analisar com os ministros da área investimentos e uma política específica para soerguer a aviação regional. Em contrapartida, o presidente pediu que a empresa não só amplie os voos dentro do País, como crie “uma grande capilaridade” de ligações regionais com cidades dos países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai), além dos vizinhos próximos do bloco, como Chile, Bolívia, Venezuela, Peru e Equador.

Caprioli disse que, a despeito da crise, a empresa está investindo maciçamente na compra de novos aviões e deve crescer mais de 10% este ano, passando de 1,6 mil para 2 mil empregados. Maior empresa de transporte aéreo regional da América Latina, a Trip tem 26 aviões, quatro deles da Embraer, que fazem a ligação entre 73 cidades de médio porte no País, a maior parte na Região Norte, algumas delas em locais remotos.

A empresa encomendou mais quatro aviões este ano e planeja chegar a 60 até 2013, a maior parte junto à fabricante brasileira Embraer, “se houver linhas de financiamento mais adequadas”, conforme enfatizou Caprioli. O potencial de investimentos nessa expansão, segundo ele, é de US$ 800 milhões. Mas o empresário ressalvou que o setor precisa de políticas públicas adequadas e de um ambiente de negócios equânime. “Até agora crescemos com as próprias pernas”, explicou. “Queremos continuar contribuindo com o desenvolvimento e ajudando o País a superar a crise”, acrescentou.

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