A decisão do Congresso americano de conceder um mandato para o Poder Executivo negociar acordos comerciais, confirmada ontem (1), deixou o Brasil em uma situação ainda mais delicada para tratar da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
Hoje, o ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, deixou claro que o Brasil deverá levar a Alca ?a sério? porque necessita da abertura do mercado americano. Mas, ao mesmo tempo, insistiu que a versão da TPA, a Trade Promotion Authority (ou fast-track), complica ainda mais as negociações e mantém o grau de incerteza sobre suas conclusões.
?O Brasil precisa levar isso a sério porque os mercados dos Estados Unidos e da América Latina são expressivos e essenciais para os nossos produtores?, afirmou Lafer, com base em uma análise preliminar da sua equipe. ?A obrigação do governo é negociar as melhores posições possíveis. Mas, se vamos obtê-las ou não, só saberemos no correr das negociações?, disse.