Teles brigam para redução de custos

Brasília

  – A Embratel, a Intelig, a Vésper e a GVT se uniram para brigar contra as concessionárias Telemar, Telefônica e Brasil Telecom (BrT). Uma das reivindicações das empresas, apresentada ontem ao ministro das Comunicações, Juarez Quadros, e ao presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Luiz Guilherme Schymura, é de que as concessionárias reduzam o valor cobrado pela emissão de conta telefônica conjunta. O diretor de Regulação da Intelig, Alain Riviere, disse que as empresas cobram R$ 1,80 por fatura, quando o custo é de apenas R$ 0,10.

– Do ponto de vista do usuário, é muito conveniente receber uma conta só. A Intelig paga R$ 1,80, isto é 18 vezes o custo da emissão da conta conjunta pelas concessionárias – disse o diretor.

A Intelig entrou na Anatel com um pedido para que seja determinada a suspensão de pagamento do co-faturamento (conta conjunta) por 60 dias. Riviere disse que durante este prazo a empresa negociaria com as concessionárias um novo valor. Se não houver acordo, a Anatel definirá o preço. Ele afirmou que a Intelig fez uma proposta de pagar R$ 0,50 em cada conta, valor que não foi aceito pelas empresas.

A vice-presidente de Serviços Locais da Embratel, Purificación Carpinteyro, disse que a empresa já assinou contratos de co-faturamento com a Telemar e com a Telefônica. Ela não revelou os valores da negociação, mas disse que os preços são próximos aos cobrados da Intelig. A Embratel ainda não conseguiu fechar a negociação para a cobrança conjunta com a Brasil Telecom.

Outro problema apontado pelas quatro empresas é em relação à proposta das concessionárias de que as conexões à internet sejam faturadas como valor adicionado. Segundo Purificación, a mudança nas regras significaria um aumento do custo de interconexão das empresas.

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