Superpão projeta faturar R$ 150 milhões em 2003

Com a inauguração da terceira loja em Curitiba e a décima quarta do grupo, na Avenida Manoel Ribas, em Curitiba, a rede de supermercados Superpão prevê faturamento de R$ 150 milhões em 2003. Deve fechar esse ano com receita de R$ 130 milhões, ante R$ 111 milhões no ano passado, com um crescimento real das vendas de 4%. Para 2003, a rede de varejo que começou em 1924 com uma padaria em Guarapuava tem planos de expansão tanto na capital quanto no interior do Paraná e em Santa Catarina, revela o diretor executivo do Superpão, Luiz Maurício Hyczy. Além das lojas em Curitiba, a rede tem oito lojas em Guarapuava e uma em União da Vitória, Ponta Grossa e Francisco Beltrão.

O investimento na nova loja de Curitiba, inaugurada na última quinta-feira, foi de R$ 6 milhões, sendo R$ 2,5 milhões em equipamentos e capital de giro e R$ 3,5 milhões na construção do prédio, que foi feito em 120 dias. Nos 1.700 metros quadrados de área de loja, há 12 mil itens – entre alimentos, bebidas, artigos de higiene e limpeza. O estabelecimento gera 160 empregos diretos, totalizando 1.300 funcionários da rede no Estado. “Temos certeza que o pessoal é o diferencial nesse tipo de negócio, por isso focamos o atendimento personalizado na venda do produto além do auto-serviço, que é a tendência dos supermercados”, conta Hyczy. No setor de carnes, por exemplo, há um balcão de atendimento para que os clientes possam escolher cortes especiais.

O empreendimento no bairro Mercês representa a entrada do Superpão em um novo nicho de mercado, a classe média alta. “A empresa atende públicos distintos. Na loja do Hauer, é a classe média, e na do Sítio Cercado, é um público de menor poder aquisitivo na região mais populosa da cidade”, comenta Hyczy. Segundo ele, a localização estratégica da nova loja foi determinante na decisão do investimento. “A Manoel Ribas é a avenida de Curitiba. Como Santa Felicidade é um ponto turístico e de alta gastronomia, faz com que o fluxo de pessoas e veículos seja grande. Isso aumentou nosso interesse nessa oportunidade”, diz.

Para atrair a clientela, o Superpão aposta também na política de preços. “Não trabalhamos de forma vertical como muitos supermercados, que fazem meia dúzia de ofertas e tiram a diferença em outros produtos. Temos ofertas, mas procuramos estabelecer um preço justo no mix”, explica o diretor.

Responsabilidade social

O Superpão foi a única rede de supermercados do Paraná e do Sul do Brasil a receber pelo segundo ano consecutivo o reconhecimento de “empresa amiga da criança” da Abrinq (Associação Nacional dos Fabricantes de Brinquedos) e Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Criança). Há uma série de pré-requisitos para a empresa ser considerada amiga da criança, entre eles, que todos os colaboradores com filhos em idade escolar tem que demonstrar que os filhos estão matriculados na escola. “A empresa acompanha os resultados dos filhos na escola, querendo gerar com isso um efeito multiplicador”, observa Hyczy.

Outro pré-requisito é que todos os fornecedores não utilizem mão-de-obra infantil fora dos parâmetros da legislação. Em caso de descumprimento, a empresa deve romper o contrato comercial. O Superpão destina também o limite legal do Imposto de Renda a recolher para projetos que envolvem crianças. Em Curitiba, apóia creches e entidades de assistência infantil nos bairros próximos às lojas do Vila Hauer e Sítio Cercado. “O objetivo é interagir com a comunidade, fazendo-a desenvolver cada vez mais”, afirma Hyczy. Em Guarapuava, o Superpão patrocinou a gravação de um CD do coral da Unicentro. O dinheiro arrecadado com a venda do material foi aplicado na montagem de uma escola de informática para crianças com deficiências físicas.

Voltar ao topo