Sonegação fiscal cresceu quase 7%

A sonegação fiscal cresceu 6,97% de 2002 para 2004 entre as empresas, mostrou estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). De acordo com o estudo, 29,45% das empresas pesquisadas em 2004 apresentaram ?fortes indícios de sonegação fiscal?. Em 2002, 27,53% das empresas ouvidas se enquadravam na mesma situação.

Por setores da economia, o comércio é que o registra o maior número de empresas que praticam algum tipo de sonegação: 31,23%. Em seguida, aparece a indústria, com indícios de sonegação em 27,02% das empresas. No setor de serviços, os indícios de sonegação apareceram em 22,45% das empresas. No entanto, em termos de valores sonegados, a indústria é o setor campeão, segundo o IBPT.

Por porte, os indícios de sonegação são maiores nas pequenas empresas (63,66%). Nas médias, os indícios são encontrados em 48,94% das empresas. Nas grandes, o percentual foi menor: 27,13%.

De acordo com o estudo, os os tributos mais sonegados são: Imposto de Renda (27,02%). ICMS (26,95%), PIS e Cofins (23,43%), CSLL (24,81%), ISS (25,66%), IPI (18,85%), INSS (29,47%), entre outros.

O estudo do IBPT informou ainda que em 2004 o faturamento não declarado pelas empresas alcançou a cifra de R$ 1,028 trilhão. Em 2003, a sonegação – estimada pelo valor não-declarado de faturamento – foi de R$ 748,35 bilhões. Para 2005, o IBPT estima que a sonegação vá atingir a marca de R$ 1,112 trilhão.

O IBPT considera indícios de sonegação discrepâncias encontradas no cruzamento do valor do faturamento declarado pela empresa no balanço, com sua movimentação bancária (medida pelo pagamento de CPMF). Outra forma de verificar se houve sonegação é comparar a receita declarada para fins de cobrança do ICMS com a base de cálculo usada para o pagamento do PIS e da Cofins.

O estudo utilizou como amostra os dados de 7.437 empresas de todos os setores da economia brasileira e de portes diferenciados.

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