Setor de fundos deve ser porta de entrada para produtos incentivados, diz Anbima

A presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Denise Pavarina, defende uma agenda para endereçar as questões evolvendo os produtos incentivados e a indústria de fundos.

“Vamos conviver com os (produtos) isentos por um bom tempo. Defendemos incentivos que sejam construídos de forma a estimular uma cultura saudável e madura de investimentos, que premie a disposição de longo prazo”, afirmou durante o discurso de abertura do 8º Congresso dos Fundos de Investimento.

Denise espera que a indústria de fundos “seja a porta de entrada para esses produtos, permitindo que todos o acessem sem distinção”. A presidente da Anbima observou que o debate sobre os isentos entra em uma agenda maior: a tributária. “Queremos construir uma agenda tributária que busque simplicidade e permita a adequada comparabilidade e assimetria entre os produtos, baseada no gradualismo. Não podemos considerar que essa mudança seja feita de forma brusca”, disse.

Ela destacou ainda que a previsibilidade e a estabilidade das regras são igualmente importantes nesse processo, para dar segurança aos investidores.

Segundo a dirigente da Anbima, o governo precisa de instrumentos, como os produtos incentivados, para desenvolver a economia. “Mas isso não pode afastar o fato de que essa agenda tenha uma matriz de longo prazo, para readequar risco, retorno e liquidez”, afirmou.

Seu discurso ressaltou a importância da indústria de fundos para a economia, como diversificadora da poupança dos investidores e funding para o setor privado e publico. “Temos um papel central na economia, oferecemos aos poupadores alternativa de alocação adequada aos perfis e provendo funding para as pessoas jurídicas e para o setor publico”, disse.

A presidente da Anbima mencionou também a importância da contínua qualificação dos profissionais da indústria e da educação do investidor.

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