Serasa: procura por crédito cai pelo 2º mês seguido

A quantidade de pessoas que procurou crédito no País caiu 1,2% em julho na comparação com junho, a segunda queda mensal consecutiva, de acordo com pesquisa divulgada hoje pela Serasa Experian. Na comparação entre julho e o mesmo mês de 2010, a demanda do consumidor por crédito aumentou 9,3%, enquanto no acumulado do 2011 (janeiro a julho) foi registrada alta de 13% ante o mesmo período do ano passado.

A queda na comparação entre julho e junho deste ano reflete o atual ciclo de aperto monetário, segundo os economistas da Serasa Experian. A instituição acrescenta, em nota, que o aumento dos juros e a adoção de medidas de restrição ao crédito pelo governo deverão produzir menor ritmo de expansão do crédito ao consumidor ao longo deste semestre.

A queda na demanda do consumidor por crédito em julho ante junho foi verificada em cinco das seis faixas de renda pessoal e mensal acompanhadas pela Serasa Experian. A exceção ocorreu entre indivíduos de baixa renda, de até R$ 500 por mês, cuja procura por crédito avançou 0,5% no período.

Nas demais faixas de renda, houve queda na demanda por crédito: de R$ 500 a R$ 1.000 (-1,3%), de R$ 1.000 a R$ 2.000 (-1,5%), de R$ 2.000 a R$ 5.000 (-1,4%), de R$ 5.000 a R$ 10.000 (-1,0%) e mais de R$ 10.000 (-1,2%).

No acumulado entre janeiro e julho, os consumidores que ganham até R$ 500 por mês lideram a busca por crédito em 2011. A expansão registrada por esta classe de renda é de 31,1%. Em segundo lugar, aparecem os consumidores que ganham entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês, com alta de 18%. A pesquisa mostra que o menor ritmo de crescimento da demanda por crédito foi registrado pelos consumidores cuja renda mensal está situada entre R$ 1.000 e R$ 2.000, com alta de 7,2%.

Na análise por regiões, a única que apresentou crescimento na demanda dos seus consumidores por crédito em julho ante junho foi a Centro-Oeste (alta de 1,3%). Na Região Norte, a procura se manteve estável, enquanto nas demais regiões houve recuo: Sudeste (-1,8%), Sul (-1,7%) e Nordeste (-0,4%).

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