Safra de trigo terá perda de 38% no Paraná

Em nova avaliação dos prejuízos causados pelo clima às lavouras de trigo do Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral) estimou ontem em 38% a quebra de safra no Estado, um volume de 922.319 toneladas sobre as 2.451.878 toneladas previstas inicialmente. Com isso, o Paraná, maior produtor nacional de trigo, deve colher apenas 1.529.559 toneladas, ou seja, menos que no ano passado, quando a produção atingiu 1,840 milhão de toneladas. As perdas são consequência de quase 50 dias de estiagem no início do plantio, em maio, e da geada que atingiu a lavoura às vésperas da colheita, no início de setembro.

Segundo a engenheira agrônoma Vera Zardo, do Deral, essa segunda estimativa já considera, em parte, os efeitos de quase duas semanas de chuva em setembro. Mas uma avaliação definitiva da safra só será divulgada no fim do mês, possivelmente com a colheita já concluída no Estado.

Por enquanto, os trabalhos estão mais adiantados no Norte paranaense e Maringá já colheu todo o trigo. Em Cornélio Procópio, a colheita atinge 95%, em Apucarana e Jacarezinho, 90% em Londrina, 70%. Nas demais regiões do Estado, os trabalhos estão no início: Ivaiporã colheu 45% da sua produção, Campo Mourão, 30%, e Ponta Grossa, 15%. Em Guarapuava, a colheita só começa na segunda quinzena deste mês.

Produtividade

Todas as regiões produtoras de trigo do Paraná devem ter perda de produtividade nesta safra. Na avaliação do Deral, a região Norte deve colher 1.359 quilos de trigo por hectare, contra uma estimativa inicial de 2.377 kg/ha, queda de 42%.

No Noroeste, a estimativa é de 1.245 kg/ha (40% a menos) no Oeste, de 1.787 kg/ha (queda de 18%), no Centro-Oeste, 1.700 kg/ha (-22%), no Sul, de 2.000 kg/ha (-27%), e no Sudoeste, de 1.668 kg/ha (-15%).

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